Câncer Na Bund4 Pode Surgir Na Vida Das Mulheres Que Praticam Se… Veja os motivos

Quando o assunto é saúde, ainda existem temas que são tratados como tabu — e isso pode custar vidas. O câncer no ânus é um desses casos. Por puro constrangimento, milhares de pessoas demoram a buscar ajuda médica, e quando descobrem, muitas vezes a doença já está em estágio avançado.

Mas ignorar os sinais pode ser fatal. O câncer anal é mais comum do que se imagina e atinge tanto homens quanto mulheres, principalmente acima dos 40 anos. E o mais assustador: ele pode se desenvolver de forma silenciosa.

Entenda o que é o câncer anal

O câncer no ânus ocorre quando células anormais começam a se multiplicar descontroladamente na região do canal anal — área responsável por eliminar os resíduos do corpo. Ele pode surgir com pequenas lesões, verrugas ou sangramentos que muitas vezes são confundidos com hemorroidas ou machucados simples.

A principal causa do câncer anal é a infecção pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano), o mesmo vírus ligado ao câncer de colo do útero. E sim, ele pode ser transmitido por relações sexuais sem proteção.

Sintomas que não podem ser ignorados

Mesmo sendo uma região delicada, é preciso prestar atenção aos sinais. Os sintomas mais comuns são:

• Sangramento anal, principalmente durante ou após evacuações
• Dor ou desconforto na região do ânus
• Coceira persistente
• Presença de caroços ou nódulos
• Saída incomum de secreções
• Mudança no formato ou frequência das fezes

Esses sinais, por mais simples que pareçam, são um alerta do corpo. Se você percebeu qualquer alteração assim, procure um médico imediatamente.

Quem está mais em risco?

O risco de desenvolver câncer anal aumenta em pessoas que:

• Têm histórico de infecção por HPV ou HIV
• Praticam sexo anal sem proteção
• Têm mais de 50 anos
• Fumam
• Já tiveram outros tipos de câncer ligados ao HPV, como o de colo de útero ou de garganta

Homens e mulheres que vivem com HIV têm risco ainda maior, pois a imunidade mais baixa favorece o surgimento de células cancerígenas.

Diagnóstico precoce pode salvar vidas

Se o diagnóstico for feito logo no início, as chances de cura ultrapassam os 80%. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio da doença. Por isso, a prevenção é a chave.

Vacinar-se contra o HPV, usar preservativos e realizar exames periódicos, como o toque retal ou a anuscopia (exame da região anal com auxílio de instrumentos), são formas eficazes de se proteger.

O preconceito pode matar antes do câncer

A maior barreira no combate ao câncer anal ainda é o preconceito. Muitos se calam, sofrem com sintomas por meses ou anos, e só buscam ajuda quando a dor se torna insuportável. Isso precisa mudar.

Cuidar da própria saúde nunca deve ser motivo de vergonha. Prevenir, tratar e falar sobre o assunto abertamente é um ato de coragem e amor-próprio. Não deixe o medo decidir o seu futuro.